Linda história

Amigas achei linda essa historinha e resolvi compartilhar com vocês achei no blog da amiga : gibarbosa1.blogspot.com.br


A ovelhinha que veio para o jantar

A História A Ovelhinha que veio para Jantar  de Steve Smallman
é  excelente pra fazer peça teatral ou teatro de  fantoches.
Leia e invente.
Beijinhos da Gi!

― Oh não! OUTRA VEZ sopa de legumes! ― queixou-se o lobo, que já era velhinho. ― Quem me dera ter uma ovelhinha aqui na mesa. Fazia já um belo ensopado de borrego!
Eis senão quando… TRUZ! TRUZ!
Quem batia à porta era uma linda ovelhinha!
― Posso entrar? ― perguntou ela.
― Claro, minha querida! A casa é tua! Vieste mesmo à hora do jantar ― disse o lobo que, para além de ser velhinho, também era muito matreiro…
A ovelhinha estava cheia de frio.
― BRRRR! BRRRR! ― fazia ela a tremer.
― Mas que azar o meu! ― sussurrou o lobo. ― Logo me calhou uma ovelhinha congelada! Não gosto de comida assim!...
Então, o lobo lembrou-se de pôr a ovelhinha ao pé da lareira para ela se aquecer e, todo apressado, foi procurar a sua receita preferida de ensopado de borrego.
Mnham mnham!... Já lhe crescia água na boca só de pensar no seu delicioso repasto.
Mas não era só o lobo que estava com fome. A barriga da ovelhinha também já estava a dar horas… 
― Mas que azar o meu! ― pensou o lobo. ― Não posso comer uma ovelhinha toda esfomeada! Até me podia fazer mal ao estômago!
Então o lobo ofereceu à ovelhinha uma cenoura.
― Assim, já tenho borrego recheado! 
A ovelhinha devorou a cenoura tão depressa que ficou com soluços.
― HIC, HIC, HIC! ― fazia ela sem parar.
― Ai, ai! Que azar o meu! ― lamentou-se o lobo. ― Quem é que come uma ovelhinha cheia de soluços? Até pode ser contagioso!
O problema é que o lobo não percebia nada de soluços.
Como é que se acabava com eles?
― E se eu atirasse a ovelhinha ao ar?
― HIC!
Mas não resultou.
― E se eu a virasse ao contrário?
― HIC!
Mas não resultou.
― E se eu a abanasse de um lado para o outro?
Mas também não resultou.
Então o lobo pegou na ovelha ao colo e começou a dar-lhe palmadinhas nas costas com a sua pata enorme coberta de pelos!
Os soluços da ovelhinha não tardaram a passar e ela adormeceu num instante, enroscada no pescoço do lobo.
O lobo, que já era velhinho, ficou muito embaraçado porque nunca tinha sido abraçado pelo seu futuro jantar. E como seria de esperar, a fome, afinal, já nem era tanta…
A ovelhinha ressonava baixinho encostada às orelhas do lobo.
― RRRROOONCHHH! RRRROOONCHHH! ― fazia ela.
― Que azar o meu! ― queixou-se o lobo. ― Como é que vou comer uma ovelha que está a ressonar?
O lobo sentou-se na cadeira de balanço ao pé da lareira, com a ovelhinha nos braços. 
― Já nem me lembro da última vez que alguém me fez uns mimos! ― reconheceu o lobo.
Mas assim que o lobo começou a cheirar a ovelhinha, ficou deliciado com o seu perfume!
― OHHH! ― suspirou o lobo. ― Se eu a comesse depressa ela nem sequer dava por isso.
E quando o lobo se preparava para engolir a ovelhinha… ela acordou e deu-lhe um grande beijinho! CHUAC!
― NAÃOOO! ― gritou ele. ― Isso não vale! Eu sou um lobo mau e tu é um ensopado!
― Um enlatado? ― perguntou a ovelhinha a sorrir.
E confessou: ― Eu sei lá o que é isso!
― Que é que eu faço à minha vida?! ― exclamou o lobo. ― Bom, vais mesmo ter de te ir embora!
Muito decidido, o lobo pôs a ovelhinha na rua, mas primeiro deu-lhe um agasalho.
― SOME-TE DAQUI!!! ― gritou. ― Se ficares, como-te e depois já não te podes arrepender.
E com um grande estrondo fechou a porta. BANG!
Lá fora, a noite era escura e fria. E a ovelhinha não parava de bater à porta.
― Oh, Loobo! Looobo? ― suplicava ela. ― Deixa-me entrar!
Mas o lobo, que já era velhinho, tapou as orelhas com as patas e pôs -se a cantar ... LA, LA, LA, LA, LA, LA, LA! ... Até a ovelhinha se calar.
Finalmente, tudo estava em silêncio.
― Ainda bem que ela já se foi embora! ― suspirou o lobo aliviado. ― Aqui ela não estava em segurança. Um lobo velho e esfomeado como eu é sempre capaz do pior!
Mas pouco depois, o lobo começou a pensar na ovelhinha, sozinha e desamparada na escuridão da floresta.
― Talvez ela se perca…
― Talvez morra de frio….
― Talvez caia nas garras de um bicho…
― OH, NãoO! O QUE É QUE EU FUI FAZER? ― perguntou ele arrependido.
Sem querer perder tempo, o lobo pôs-se de pé e abriu a porta. Mas infelizmente não havia sinal da ovelhinha.
O lobo, que já era velhinho, correu aos berros pela floresta a fora:
― Ovelhinha, ovelhinha, volta, não tenhas medo! Prometo que não te como!
Passado muito, muito tempo, o velho lobo, triste e encharcado, regressou sozinho à sua quinta. Estava mesmo desanimado.
Abriu a porta e, qual não foi o seu espanto, quando viu a ovelhinha ao pé da lareira!
― VOLTASTE! És mesmo tu? Não tens outro sítios para onde ir? ― perguntou o lobo muito eufórico.
E a ovelhinha abanou a cabeça, dizendo que não.
― Que… que… queres ficar aqui co… comigo? ― convidou o lobo a gaguejar.
A ovelhinha olhou para ele, olhos nos olhos.
― E tu prometes que não me comes? ― quis saber ela.
― NÃO! CLARO QUE NÃO! ― afirmou ele. Como é que eu podia comer uma ovelhinha que precisa de mim? Até podia ficar com o coração partido…
A ovelhinha sorriu e atirou-se para os braços do lobo, que já era velhinho.
― Está com fome, enlatado? ― perguntou ele. ― Que tal uma sopinha de legumes?
Steve Smallman
A ovelhinha que veio para o jantar
Lisboa, Dinalivro, 2006


A OVELHINHA QUE VEIO PARA O JANTAR. (AULA DE ARTES)

Após a recepção dos alunos e rotina do dia sugiro ao professor que inicie a aula com a Hora do conto.
A história que indicamos no casa da atividade que segue abaixo é muito interessante e se chama
A OVELHINHA QUE VEIO PARA O JANTAR ( Steve Smallman) .
O professor pode usar fantoches para contar essa história ela é muito simples e pode ser adaptada segundo a necessidade da turma.
Após a leitura o professor deve explorar o texto fazendo perguntas. É bom que o professor não se limite a título de história ou personagens de texto, mas busque alternativas interessantes para aguçar a capacidade de pensamento da turma.
Se nosso intuito é auxiliar na formação de indivíduos pensantes devemos estimulá-los a explorar outras opções. Entendo que esse tipo de pergunta é necessário, mas dispensável em alguns casos.  
No final da roda de conversa peça aos alunos que inventem  outro final pra história,  tenho certeza que você vai se surpreender com as opções de cada um deles.

Você pode pedir que desenhem esse final ou mostrar um outro final como esse da atividade abaixo que deve ser utilizado pra explorar o potencial artístico do aluno.

Pensei no seguinte final:
Um dia apareceu na casa do lobo um carneirinho muito simpático que gostou logo da ovelhinha e a pediu em casamento. O lobo que agora era como um pai pra ovelhinha ficou muito feliz e logo aceitou o pedido do carneirinho.
Eles casaram e  toda manhã passeavam  pelo pasto numa alegria que dava gosto de ver.

A atividade segue sem o enunciado para que o professor não fique limitado a fazer apenas aquilo que está escrito.
Os alunos podem:
* Colar algodão nas ovelhinhas
* Desenhar o céu sobre elas
* Pintar a dedo o chão
* Colar pedacinhos de eva na cor verda na grama
* Colar bolinha de papel crepom branco sobre o corpo das ovelhinhas
* Ou simplesmente colorir
Como sempre falo o professor é antes de tudo um explorador , então explore.
Após a atividade e intevalo o professor pode fazer fantoches ou dedoches com as crianças e brincar a vontade.

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